A China anunciou que vai ajudar financeiramente Angola a "superar as dificuldades" criadas pela queda do preço do petróleo" e consequente "diminuição das receitas do governo", mas recusou precisar o montante da ajuda. "Por enquanto vamos tratar isso como uma questão confidencial", disse Lin Songtian, diretor dos Assuntos Africanos do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, num encontro com jornalistas após a assinatura de vários acordos de cooperação bilateral, alguns dos quais envolvendo o ministério angolano das Finanças.
A cerimónia decorreu num salão do Grande Palácio do Povo, em Pequim, com a presença dos presidentes dos dois países, Xi Jinping e José Eduardo dos Santos, respectivamente. "Constatamos que neste momento Angola enfrenta dificuldades criadas pela queda do preço do petróleo e a diminuição das receitas do governo angolano", referiu Lin Songtian. "Tanto o presidente Xi Jinping como o primeiro-ministro, Li Keqiang, disseram que o governo chinês vai ajudar Angola a superar as dificuldades por que está a passar e a diversificar a sua economia", acrescentou.
Referindo-se as conversações entre os dois estadistas, que precederam a assinatura dos acordos, aquele responsável chinês descreveu-as como frutuosas, "produtivas" e "muito pragmáticas". As relações sino-angolanas constituem "um bom exemplo de cooperação", disse. Alem do homólogo chinês, o presidente angolano José Eduardo dos Santos encontrou-se com o primeiro-ministro, Li Keqiang, e com o presidente da Conferencia Politica Consultiva do Povo, Yu Zhengsheng.
O preço do petróleo, uma das principais fontes de receita do governo angolano, caiu cerca de 50% no último ano, afetando nomeadamente o valor das exportações de Angola para a China, o maior cliente daquela matéria-prima.